"Perdi meu chao"nao e desalento, é o redescobrimento da humanidade, que desconstroi os preconceitos interno e externos,é luz da ternura, da amizade, do compartilhar, da simplicidade da solidariedade, na construção de um territorio seguro, no qual, o ser da diferença consegue falar, chorar, gritar, viver as suas emoções, e elaborar das suas emoções a criação de uma obra de arte, e principalmente a criação de um novo caminho."Perder o chão",e estar no ar, porque se deixou o que era e ainda nao atingiu o novo territorio, e o momento mais doido do exilio existencial, você esta sem chão, sem nação, sem p,atria.Este livro e a familiarização da pr,opia existencia humana, e ele vive dialeticamente dor e alegria trabalhando os sentimentos na perspectiva da propia finitude da vida; todos nos carregamos inumeros momentos da vida, que se perderam no tempo, e que por ter se perdido no tempo soam distantes e distantes nos fazem saudosos, chorosos, sofridos, e quando nos mergulhamos nestes eventos distantes, buscamos eles para o cotidiano, para o presente e os concretizamos em literatura, Obra de Arte, nos resgatamos neste livro o mais doido, que era a sensação de que parte de nos havia ficado naquilo que se passou, naquilo que foi perdido, e este LIVRO, retrata a nossa inteireza, a integridade do eu, que nao se perde nos abandonos vividos, nas vitorias que se esfumaçaram, nas mudanças da vida, o homem se descobrira neste livro, e se percebera presente, atualizado em condição de falar de si, em um tom diferente, no tom, onde a lágrima pela dor do perdido é apenas lágrima que retempera a tinta da caneta que faz a escrita, que ao sofrer banha-nos A lágrima limpa a alma.O homem que reconhece que perdeu o chao, que esta no escuro, sem escoras para se escorar, e retratado neste momento, o momento mais profundo da solidao do ser humano.Nós precisamos de chão, de companhia, de Deus, do sagrado:A fragillidade e exposta neste pequeno livro, dicionario polivalente, ele perde a maior dor, porque a maior dor do homem é a solidão, é o não poder compartilhar, e ser algo que o outro nao entende e que o outro nao consegue atingir.Poderiamos agora resgatar uma passagem da biblia:É quando se pensa na maior doação:Quando Jesus disse:"Que veio nos legar vida em abundância"e quando a sociedade se caracteriza pela injustiça, pela exclusao, pelo homem sendo lobo do homem, pelo dia a dia marcado pela falta, falta escola, falta livro, falta comida, falta dignidade, falta compreensão, sobra violência, o ser humano vive torturado, ele vive o suplicio diário de quem nao tem a segurança de caminhar com o minimo necessário para a sua sobrevivência.É muito mais possivel entender como o homem é capaz de se degradar quando ele nao tem a segurança do minimo.A vida social ela ficou muito empobrecida, raramente nós conhecemos os nossos vizinhos, falta na sua relação com a natureza , se antes nós mediávamos a relação com a natureza e com a vida a partir da idéia de "Deus", se a ciência se propôs matar "Deus", deixou a humanidade órfã, o sagrado movia o ser humano no seu dia a dia e o fazia perder seu chão com ternura, porque ele sonhava com o paraiso,com céu, delirava entre santos.Nós fomos jogados ao quinto dos infernos, e o social que nós temos hoje, é a vida que precisaser transformada a partir da contribuição de todos, "E este livro"veio nos dar uma grande contribuição, porque ao compartilhar as histórias de sofrimento de várias pessoas, ela anuncia a possibilidade de um novo mundo, onde o gesto humano tenha mais valor do que os bens materiais, este livro anuncia o momento onde nos queremos um mundo que nao seja aterrorizado pelas bolhas, e as flutuações do cambio, este livro nos fala de um mundo onde a potência da solidariedade e da ternura tenham mais valor.Gostaria agora de agradecer a vocês meus irmaos(as) e ao nosso amigo, QUERIDO PADRE JUNIOR, pedindo a vida que nos dê coragem de aprender com este livro, a benção da simplicidade que une e transcende um cotidiano cinzento para descobrir no colorido da paz a possibilidade de sonhar reinventando o mundo, um mundo onde a ternura, onde a solidariedade, o amor, solucione as dores que tem nos martirizado, no lar, na rua, na vida social, e que sejamos um pouco mais loucos, loucos pela vida, loucos uns pelos outros, loucos de amor.Agradeço de coração ao meu querido amigo Carlos Martins, pelo carinho e a ternura que só ele tem de saber amar , nos reerguendo para a vida.Com carinho, afeto e gratidao. Pe.Júnior. Irmao e Servo.O menos de todos.